sábado, 15 de maio de 2010


O vento esta rangendo na janela, a lua esta olhando para mim. A garrafa vazia, estou caída, o escuro consome tudo em volta. Não estou sentindo o meu corpo, nem meus pensamentos. Meu coração bate lentamente, como se fosse o fim. Quem dera! Eu logo penso. Os sangue no meu pulso não vale de nada. A voz está falha, e eu não consigo gritar socorro. Eu vou continuar aqui, nesse estado alcoólico e o sangue espalhado. Ninguém pode me salvar agora. Estou no meu inferno particular. Continuarei rindo para você, Continuarei ''bem'' aos olhos alheios, mas o que eu faço a noite do meu quarto só eu sei. Só eu sei quantas lágrimas derramadas, quantos gritos calados.
Minha mente me controla para não fazer alguma loucura, e meu coração grita por parar. Minha sanidade mental esta por um fio. Quero ver quem vai está ao meu lado quando tudo isso acabar. Não me responsabilizo pelos meus atos. O sangue pulsa forte, meus pulsos se fecham, a raiva e o ódio me consomem. Grito forte, quem irá me escutar? Quem ira me dá a mão? Quem vai dizer que eu sou normal? Quem vai mentir dizendo que tudo vai da certo? A morte me chama a cada dia, e eu me pergunto, o que ainda estou fazendo aqui?

não existir


Eu estou longe de ser uma pessoa totalmente normal, as vezes me acho totalmente louca ...
Pensamentos estranhos e confusos se passam na minha mente e o meu passado vive como um presente,me pergunto porque tudo tem que ser assim e porque os meus olhos ainda choram, mas se eu for escrever todas as minhas dúvidas, angústias, perguntas e minhas tristezas ... Nem em mil palavras conseguiria...
Todas as noites eu tenho medo: medo de dormir, medo de acordar ... ver como nada é como eu esperava. E nos meus sonhos vejo tantas imagens confusas que me atormentam, eu acabo enlouquecendo, não sei quem sou, para onde vou, o que vou fazer ...
A cada dia parece que a ferida que existe em meu peito aumenta, eu já não sei mais o que me faz feliz exatamente e fico aqui imaginando mil maneiras de morrer
E se soubessem que estou assim agora, que estou sem rumo, e minha vida não tem sentindo em nada, para mim respirar  não tem mais graça ... Estragou tudo de uma tal forma e estou aqui a derramar lágrimas, e de minhas certezas, as poucas, eu apenas tenho uma concreta: não querer mais existir.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Distância


Poderá ser uma prova ?
Poderá ser o fim ?
A verdade é que eu me sinto como uma viciada ...
Assim que fiquei um dia sem te ver, sem falar contigo, senti logo as consequências.
Queria arranjar mil e uma maneiras para poder falar contigo, para te ver ...
Sentia uma dor horrível no peito, o meu coração mal se sentia ...
Estava me sentindo desorientada, tremendo ...
A música que eu ouvia, tudo me lembrava você ...
Tudo me fazia lembrar o quanto eu te quero ...
O quanto eu sinto a tua falta ...
Preciso de você como nunca ...
Mas, não sei se você pensa o mesmo ...
Tenho medo,
Me sinto como se estivesse em um labirinto de olhos vendados e não sei que direção seguir ...
Estou perdida, você era meu mapa e agora estou perdida ...
Continuarei  a procura ?
Não sei se ainda me restam forças ...

Uma história de amor


- Joanna! – ele disse. A porta estava trancada ... – Por favor abre a porta!


- Sai daqui, me deixa sozinha! – ouviu no fundo.


Joanna preparava-se, não poderia mais magoa-lo, acabaria tudo naquele dia. Pegou a tesoura do armário, mas deixou-a cair ...
Joe que ainda continuava do lado de fora da casa, tentava arrombar a porta, agora mais que nunca, ouviu a tesoura cair:


- Me deixa entrar Joanna! Me deixa entrar! – a porta cedeu, Joe entrou e viu as pernas de Joanna no chão do seu quarto, correu até a porta, mas quando chegou, Joanna havia acabado de fecha-la:


– Joanna não... Seja lá o que te disseram é mentira! Mentira!
E ela disse: - Eu te magoei ! Fiz aquelas asneiras todas! Me meti no seu caminho!
- Cala boca Joanna! Tu és o meu caminho, eu não sou nada sem você ...


Durante minutos, Joe não ouviu nada, se encostou na porta e começou a chorar, acompanhando Joanna:


– Amor... Fala comigo... – Joe começava a ficar aflito, as lágrimas não paravam. – Fogo Joanna! Diz qualquer coisa.
E ela disse: - Te amo desde a primeira vez que te vi !
E ele: - E eu te amo, desde a primeira vez que senti que eras perfeita ...
- NÃO , não sou.
- Joanna, por favor, vamos parar de discutir, para mim você é perfeita. Eu te amo !
- Também te amo – suspirou, aliviava mas tambem doia- lhe. - Estou te matando ...
- Fazendo isso, está mesmo !


Joanna segurou a tesoura com mais força, sentia raiva dela mesma.


- Eu me odeio. – Murmurou.


- E eu odeio te deixar sozinha, pelo amor de deus, me deixa entrar!


- Joe... – disse quase sussurrando.


Ele suspirou:


- Diga meu amor...


- Te amo pra sempre !
- Joana não!!!
Joe bateu na porta, empurrou-a tentando fazer o mesmo com a da entrada. A do quarto era mais resistente, tinha sido colocado a pouco tempo... Não sei quantos minutos demorou a abri-la mas já era tarde demais quando conseguiu...


Joanna estava morta, no chão, ensopada em sangue, com a tesoura ao lado ...


Joe gritou, abraçou-a e chamou-a ainda mais alto:


- JOANNAAAAAAA ...


Mas, nada a faria voltar, nada ...


Joe estava transtornado, foi para a praia ... perto do sitio onde prometera inumeras vezes que faria a sua casa e a de Joanna ali mesmo. Não era capaz de ir ao funeral.


Olhou o mar azul escuro – não iria demorar muito pra chover,
Percorreu a areia e começou, lentamente, a entrar no mar negro ...
Parou quando a água lhe chegara ao peito ...
Olhou para o céu, onde se escondia o sol:


- Não te escondas meu amor, vou ao teu encontro !


Ouviu a tempestade se aproximar e disse:


- Te amo pra sempre !


Pronunciou, antes de se entregar as profundezas daquele oceano ...


Nunca mais subira a superficie ...

sábado, 8 de maio de 2010

Não importa ...


Não importa ...
Simplismente esqueça, ninguém vai juntar os seus pedaços !

Não importa ...
Sempre pela manhã você vai acordar e os seus sonhos serão interrompidos ...
E toda aquela realidade será desfeita na mesma velocidade em que foi construída ...

Não importa...
O quão especial você é,
As pessoas simplesmente te amaldiçoam pelas suas diferenças ...

Não importa...
Toda sua alegria ou desilusão,
Ninguém liga pra isso, afinal o sentimento não lhes pertence !

Não importa ...
Nenhuma das suas qualidades será tão lembrada quanto um de seus defeitos !

Não importa...
Quanto sucesso você obteve,
Somente os seus erros terão relevância !

Não importa...
O que ou quem você é,
E sim quantas vezes você sorriu fingindo que estava tudo bem ...
Enquanto a cólera tomava conta de sua alma,
E você pedia ajuda através do olhar ...
Mas, ninguém nunca foi capaz de olhar lá no fundo !

Talvez por medo do que iria enfrentar realmente,

Talvez porque simplesmente não se interessasse
Talvez simplesmente porque seria muito cansativo ...

Há certas horas, em que não precisamos de um amor ...
Não precisamos da paixão desmedida ...
Não queremos beijos na boca ...
E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama !
Há certas horas, que só queremos a mão no ombro ...
O abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado ...
Sem nada a dizer ...
Há certas horas, quando sentimos que estamos para chorar,
Que desejamos uma presença amiga,
A nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir ...
Alguém que ria de nossas piadas sem graça ...
Que ache nossas tristezas as maiores do mundo ...
Que nos teça de elogios sem fim ...
E que apesar de todas essas mentiras úteis ...
Nos seja de uma sinceridade inquestionável ...
Que nos mande calar a boca ou nos evite de um gesto impensado ...
Alguém que nos possa dizer:
Acho que você está errada, mas estou do seu lado ...
Ou alguém que apenas diga:
"Sou o teu amor e estou aqui !"


William Shakespeare

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Amor feito em pó


Sinto no sabor dos meus lábios

O gosto do teu cheiro

Sinto no silêncio do meu desvaneio

O gosto de um beijo

Olho de longe

Submersa numa eterna paralisia temporal

O que tomo como Amor

Que na verdade o não é

É um tal preparado químico pronto a surtir em combustão

Resultante de uma infernal repressão

Amor feito em pó ...

Pó feito em chamas ...